Por: Jose Brilhante
As latas de leite ninho caem
no chão, embebida de linha dez e cerou. É um barulho peculiar que
traz boas recordações.
A expectativa de um dia sem
chuva e bons ventos toma conta. Quando se vê o de losango flechando
e embiocando para descair e cortar na mão, percebe-se que o dia vai
ser gratificante.
De repente um garoto se
aproxima com um papagaio talvez maior que sua estatura. Desfila com
seu troféu, encaixado em suas costas pelo peitoral. A proeza foi
conquistada no sol escaldante de horas a fio enfrentado, doravante
não sentido.
A vontade de estar em busca
de papel e talas de fibra é provada quando não tira os olhos do
céu, onde outros prêmios estão caindo sem parar para seu deleite
que ainda não está satisfeito.
As turmas de outros bairros
são comuns, sempre em busca de um local recheado da brincadeira de
domingo em época de verão.
As varas são a garantia de
sucesso na apanha em pleno ar do papagaio, ludibriando talvez os que
estão somente na aventura das mãos livres para a captura.
Quando corta e apara é a
grande decepção geral, mas a felicidade de quem o fez está
garantida.
Assim com toda diversão e
sacrifício o fim do dia chega, e a brincadeira esvaece com a
escuridão. Porém tudo é planejado para o domingo seguinte com o
mesmo entusiasmo!!!
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